MILAGRES ACONTECEM – É NATAL
Ysolda Cabral
Hoje, vinte e cinco de dezembro de dois mil e doze, terça-
feira... É Natal! Quase todos ainda dormem da noite de muita festa e pouca
reza; muito faz de conta, muita ilusão... A maioria em camas confortáveis ou mesmo pelo chão, sob
pontes e viadutos, acompanhadas, ou, em completa solidão e a mercê da sorte...
Quantas não dormiram com sede, com fome, carentes de tudo...
Contudo, todas, de alguma forma, envolvidas pela magia do Natal, acreditando
que milagres acontecem... Até os mais
incrédulos, mesmo que neguem esta afirmação.
Evidentemente que não estou aqui para divagar sobre a fé de
ninguém, nem muito menos questionar seus gestos e atitudes. Porém, devo admitir que neste período, não consigo
evitar de fazer determinadas comparações. Entre elas, uma me indigna
sobremaneira: trata-se daquelas pessoas
que se dizem religiosas e que vivem
dentro das igrejas e templos, íntimas de seus ministros e se acham ainda mais
íntimas de Deus, e por
conseguinte, com direito de julgar, condenar e punir; com os filhos
do mesmo Deus, que não são assim.
Não se deve julgar,
nem condenar e nem muito menos punir filho de ninguém, pois a dor sangra no
coração da gente - principalmente no coração de uma mãe. A sensação de
impotência e de estupefação, lhe dá o
direito de dizer que, uma pessoa
que age dessa maneira, está errada. Uma conduta dessas não condiz com a ideia do que venha a ser uma pessoa
correta, digna de respeito e consideração.
- Quanto não sofreu a mãe de Jesus!
Aproveite que é Natal e reveja suas atitudes, quem sabe um
milagre não aconteça e você não venha a se tornar uma pessoa mais humana, mais
verdadeira e mais feliz?
Tudo é possível quando se tem senso crítico, boa vontade e
nobreza de caráter.
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Abaixo, um comentário
que complementa o meu pensamento de forma extraordinária, pelo qual agradeço de
todo o coração, ao amigo escritor Raimundo Antonio de Souza Lopes.
25/12/2012 17:48 - Raimundo Antonio de Souza Lopes
De boas vontades o inferno está cheio! Uma praga da religião
é o fanatismo. Conheço pessoas que aparentam solidariedade, misericórdia e
humanismo, mas, na verdade, são hipócritas, mesquinhas e avarentas. Vejo-as, de
vez em quando, nas igrejas. Entretanto, como você bem disse, não devemos julgar
ninguém. Mas, se não podemos julgar, por que então somos julgados? Talvez neste
caso a Lei de Talião seja a mais adequada.
Recanto das Letrasl em 25/12/2012
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