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sexta-feira, 26 de abril de 2013

BAILANDO NO INFINITO




BAILANDO NO INFINITO
Ysolda Cabral


Bandeiras brancas
Balançam no azul do Céu
Livres e soltas
De uma sexta-feira qualquer...

Fixo o olhar
São as janelas de vidro do edifício
Que banhadas pelos raios de Sol
Levam-me até o infinito...

Bailo sem pressa
O ritmo quem dita
São as brancas nuvens
Que pairam no ar... Tão lindas!

Relaxo, corrijo o espírito
E digo-lhe: aquieta-te!
Ainda estamos aqui.


Recife-PE
26.04.2013
Reedição
 
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Recanto das Letras em 26/04/2013
Código do texto: T4260026

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ISSO É AMOR




ISSO É AMOR...
Ysolda Cabral 



Andar à toa e sem destino,
Sem hora pra chegar ou voltar,
Conversar com você de verdade,
Falar sonho, poesia e até realidade;
É tudo de bom! É adorável.

Não importa se é dia ou se é noite,
Se faz frio ou calor acima de trinta graus.
Ouvir sua risada é uma coisa encantada.
Será que estou apaixonada?

A sua voz falando... Cantando versos,
Suas notas afinadas de tenor
Acariciam a minha alma com amor.
Sorrimos de tudo ou de quase nada.
Estamos apaixonados! Constato.

Conversar com você andando pelas ruas,
Me faz querer pular, dançar, correr pra você.
Mas, o vento me envolve, segura...
Atrevido me acarinha e eu gosto.
Ele pode!  Sabe que é nosso.

E, como se os deuses do tempo,
Do vento, dos nossos destinos
Se unissem em complô;
Passo a mão nos meus cabelos
E encontro uma flor.

Ah, como é bom andar pelas ruas,
Falando e sonhando você!
Será que estamos apaixonados?
Não! Isso é amor. 


Recife – 25.04.2013
Apenas Ysolda

Recanto das Letras  em 25/04/2013
Código do texto: T4258950

quarta-feira, 24 de abril de 2013

PINTANDO A CENA



PINTANDO A CENA
Ysolda Cabral
          


Papel branco, bloco branco,
Caneta branca, sem tinta,
Inutilidade sobre a mesa.

Pensamento branco, sem azul.
Espaço ermo, vasto, castigado,
Sem pastos de norte a sul.

Saara... Aras...Oras... As horas...
Cavalos bravos, perdidos, raros,
Homens árabes, sem auras claras...
Mascaradas... Tantas caras!

Ponto negro... Terra em revista!
Horizonte  é miragem...
Galopa, fala,cala... Sobrecarga!
O veneno é fatal.  Cuidado!
Ninguém é imortal.

Perigo iminente...
Olha o veneno!
Olha o tempo, o vento, a direção...
Todo cuidado é pouco!
Belo rosto... Que rosto?
Aquele sem desgosto.

Fuja, corra não seja louca...
Veja a  tela branca!
Branca  iluminada...

Depressa, pega o mouse!
Abra portas, janelas!
Sorria solto, largo...
Componha uma canção
Em sol maior ...
E deixa que eu  pinto a cena.



Recanto das Letras em 24/04/2013
Código do texto: T4257142 

terça-feira, 23 de abril de 2013

CANTO LAMENTO















CANTO LAMENTO
Ysolda Cabral 


Elemento terra... Lamento            
Elemento água... Escassez na alma
Elemento fogo... Sol causticante
Inflama, arrasa... Expostas chagas
Expostas chamas

Animais agonizam, se arrastam
Não vão avante, não vão pra vala
Santos sejam sem nomes 
Queixumes inaudíveis, irreais
Silêncio sepulcral

Realidade confunde... Sonhos infernais
Pesadelos imorais, mortais          
Encolhido e a espreita... O medo.

Para onde foi a Vida?


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Rebanho morto em Itaíba, no Agreste de Pernambuco (Foto: Márcio Alves dos Santos / Acervo Pessoal)


''Pernambuco já perdeu 250 mil cabeças de gado. Se o cálculo for feito levando em consideração a morte, saída, venda e abate precoce, o número sobe para 960 mil animais.''

Vê reportagem no GI 


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Recanto das Letras  em 23/04/2013
Código do texto: T4255761 

UM DIA DEPOIS DO MEU ANIVERSÁRIO



 

UM DIA DEPOIS DO MEU ANIVERSÁRIO
Ysolda Cabral

  
Ontem foi o meu aniversário e pela primeira vez na vida  não curti e nem me dei um dia especial. Na realidade foi um dia do cão...  O meu amigo Sóstenes tem razão quando diz que o vira-lata é ''o cara'' de cão. Ah, amigo pra saber das coisas!  Devia ter me casado com ele. Não entendo a razão de ter lhe dado o ''bolo'' no primeiro encontro. Ainda hoje ele passa na minha cara. (Risos)  Que coisa! Contudo, tenho convicção que ele sabe que o amor que a gente sente sempre foi de amigos que se amam a vida inteira. Mas, voltando ao viralatinha, o qual também sabe das coisas...

Lá estava ele no calçadão da Avenida Boa viagem, avaliando se dava para atravessá-la com o semáforo defeituoso e o trânsito mais louco que nunca.  Eu, tentando chegar ao trabalho onde uma festa ''surpresa'' me esperava, ansiava pela decisão do cãozinho. Não demorou e ele resolveu seguir, seguro, pela calçada, desfrutando da brisa suave da manhã a beira mar, desistindo totalmente de ir para o outro lado, o qual não mais lhe convinha. Até onde deu, o acompanhei com o olhar, sentindo certa inveja de sua liberdade e da capacidade de tomar decisão sem maiores delongas, confesso.

Tomar decisão e definitiva não é nada fácil, pelo menos para mim. Mas decidi que,  hoje, um dia depois do meu aniversário, vou dar graças por ser quem sou; por estar onde estou, pelos meus 59 anos e um dia, por não ter atravessado nenhuma avenida que me trouxesse riscos desnecessários e/ou arrependimentos.

Agradecer aos amigos pela linda festa que me proporcionaram ontem, tanto no trabalho, como no Facebook, meio de comunicação que eu abominava e hoje curto pra caramba. E, claro que, agradecer todo o carinho de minha família, a qual amo de todo o meu coração.

Até papai que todo ano me faz festa no dia 21, desta feita acertou o  dia!

Tenho mais é que comemorar e hoje estou me sentido finalmente  livre e  feliz!

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Recanto das Letrasl em 23/04/2013
Código do texto: T4255030 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

CALMA



CALMA     
Ysolda Cabral


Calma... É preciso calma...
Há alguma coisa no ar.
Sei que há!

Há um frio de morte,
Congelando e quebrando os ossos,
Nos impedindo de sonhar.

Há uma revolta contida,
Há uma dignidade atingida,
Há uma plenitude de vida,
Com esperança perdida...

Há uma lágrima teimando em cair,
Há um sorriso triste e fingido,
Há um desejo sofrido, contido,
E o controle se esvaindo...

Há uma gota de orvalho,
Explodindo...
Há um carrasco,
Punindo...
Há uma ferida,
Se abrindo...

A paciência...
Esgota-se,
É a chegada da hora,
Ficando abençoada...

E enfim...
Tudo acaba.

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Recife -PE
17.04.2013
Apenas Repetição

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Recanto das Letras em 17/04/2013
Código do texto: T4245658
Classificação de conteúdo: seguro

PAIXÃO - CLARIDADE QUE OFUSCA



PAIXÃO – CLARIDADE QUE OFUSCA
Ysolda Cabral



A claridade excessiva ofusca, confunde e facilmente você se equivoca, pois cega... Entretanto, a partir do momento em que você se acostuma a ela, você consegue abrir os olhos e enxergar até de onde ela provém. Se de fonte própria, natural, ou, se, de fonte totalmente artificial, fabricada... Com qual finalidade, ou, o motivo, a razão; quem vai saber?  Normalmente a claridade excessiva acontece quando a gente se apaixona. Quando conseguimos, finalmente abrir os olhos - por vontade própria ou por sermos levados a isso - nos deparamos com a mais sublime felicidade, ou, com a mais cruel desilusão. E como dói! Paralisamos, e, como se levássemos um choque, estremecemos e caímos em queda livre do céu pro chão, em questão de segundos. Muitos ficam ali, indiferentes ao que lhes possa acontecer. Outros permanecem caídos, achando que estão sonhando e esperam o momento de acordar. Já outros - não muitos -  conseguem se levantar, sem ajuda, curam suas feridas e nem bem cicatrizam, já seguem em frente sem olharem pra trás. O interessante é que durante a ofuscação, vivenciamos fatos que nos alertam para a necessidade de abrimos os olhos, mas ignoramos. Esses fatos, quando ainda adolescentes, normalmente advêm de quem nos ama incondicionalmente - amar assim só a mãe da gente e nem toda. Ou, somos sinalizados por sinais emitidos por energias boas, se merecermos, considerando a lei do retorno. Contudo, o fato é que, independente de qualquer coisa, todos nós estamos à mercê da claridade excessiva da paixão.   

Recife-PE
17/04/2013
Apenas Pensamento


Recanto das Letras
Enviado por Ysolda Cabral em 17/04/2013
Código do texto: T4244968
Classificação de conteúdo: seguro

terça-feira, 16 de abril de 2013

INFINITA SOLIDÃO



INFINITA SOLIDÃO
Ysolda Cabral



Natural, sem máscaras e sem afetação,
Cordial, transbordando amor e emoção,
Em paz comigo e com meu irmão,
Vou seguindo às vezes na contramão.

Não pra ser diferente, ou intransigente.
Até aceito ordens, novidades, modificações...
Desde que não sejam contraproducentes.
O fato é que não suporto senãos, sermões.

E assim vou seguindo firme pela vida.
Um dia bom, outro dia, um dia não...
Sem perder a fé, a esperança e a alegria,
Vou tentando com justeza repartir o pão.

Concluída cada etapa, o meu fardo,
Ao invés de ficar leve, fica ainda mais pesado.
Acredito ser algo indefinido, desencontrado,
Desde nascituro, condenado a eterna solidão.

Recife-PE
16.04.2013
Apenas Reflexão

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Recanto das Letras
Em 16/04/2013
Código do texto: T4243796
Classificação de conteúdo: seguro

segunda-feira, 15 de abril de 2013

AINDA EM TEMPOS DE BEIJO


 

AINDA EM TEMPOS DE BEIJO
Ysolda Cabral
                                   
                                           
Hoje não acordei com o canto dos passarinhos.  Acordei com a música ''Love Story'' assobiada bem debaixo de minha janela.  Pensei, quem será? - Será ele?  Aquele apaixonado ele, o qual não se contém e sai por aí cantando o amor de qualquer jeito.

Sorrindo, dei um pulo da cama, abri a janela. Não havia ninguém. 

Será que foi sonho? Será que um assobio de sonho me acordou?

Triste e decepcionada voltei pra cama. Estava muito cedo pra começar o dia. Sem conseguir mais dormir, comecei a divagar... Lembrei mamãe. Ela, além de cantar e tocar bandolim muito bem, assobiava lindamente e de maneira providencial. Pelo menos foi para mim numa ocasião bem significativa.

Mocinha e já namorando, ansiava pelo primeiro beijo. Entretanto, o meu namoro se limitava às reuniões da família no terraço de casa, em finais de semana, ocasião em que, costumávamos competir – eu e papai – pra ver quem de nós dois, compunha a música mais bonita da noite. Claro que ele sempre levava a melhor. Eu só pensava um jeito de ficar sozinha com meu namorado!
                                                                                                                            
Rosa e Hermógenes, vizinhos recém casados, mais amigos meus que de papai e mamãe, com uma dó danada da gente, certa feita; aproveitando que o Juiz de Direito de Caruaru, Dr. Plácido de Souza e sua esposa Odete, amigos de meus pais, principalmente, do meu avô, estavam presentes no ‘'' Recital Velas'';  resolveram sair mais cedo, convidando a mim e ao meu namorado para irmos com eles até sua residência -  duas casas depois da nossa - para  ver o álbum de casamento, o qual havia ficado pronto.

Meus pais pegos de surpresa, na presença do ilustre casal de magistrados, não tiveram tempo de nada e num minutinho me vi no lindo jardim de rosas, da casa de Rosa e Hermógenes, pela primeira vez,  sozinha com o meu lindo namorado, depois de quase um ano de namoro.  -  Que emoção!

Senti o seu olhar, o seu amor, o seu carinho. Pensei, é agora! Meu Deus do Céu! É agora o momento tão esperado.

Neste exato instante, quando sua boca foi se aproximando da minha; escutamos a canção ''Carolina,'' do Chico Buarque de Holanda, em assobio, bem no ouvido da gente.

Paramos... Depois de um milésimo de segundo o qual, me pareceu uma eternidade,  escutei mamãe falar:

- Ysolda! Já pra casa.

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Recanto das Letras  em 15/04/2013
Código do texto: T4241937
Classificação de conteúdo: seguro

sábado, 13 de abril de 2013

BEIJAR É A ORDEM DO DIA



BEIJAR É A ORDEM DO DIA
Ysolda Cabral


Aproveita o dia!
Vê como ele está lindo!
O sorriso sorrindo lhe diz:
Aproveita pra beijar sua amada.
Não é isso que você sempre quis?

Porque ficar aí parado?
A vida passa tão rápido!
Não perca mais tempo!
Nele não há reserva... Ele não pára!
Esperar é ruim, cansa, maltrata...

O futuro é agora, se avie, corra!
Rouba uma rosa vermelha  e leva pra ela.
Hoje o dia é do beijo e beijar é o que importa.
Abre a porta do teu coração!
Vai encontrar teu amor, a tua paixão.

Recife-PE
13.04.2013
Apenas Ysolda

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Recanto das Letras  em 13/04/2013
Código do texto: T4238527
Classificação de conteúdo: seguro

sexta-feira, 12 de abril de 2013

E POR FALAR EM BEIJO...






APENAS UM BEIJO
Ysolda Cabral


Ela recebe seu beijo
Com ou sem reflexão
Apenas por sentir
Do seu sentimento
A inexplicável imensidão

Do amanhecer ao entardecer
O seu beijo entontece
Como carícia pura do amor
Que jamais anoitece

Senti-lo é a convicção
Daquilo que se faz presente
Em todas as horas da vida
Com infinita precisão.

Da lucidez insana
Da realidade que profana
Da morbidez que inflama
Mas que não cabe punição.


Recife-PE
12.04.2013
Apenas Poesia
Em repetição


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Recanto das Letras  em 12/04/2013
Código do texto: T4237244
Classificação de conteúdo: seguro


SORRISO NUNCA MAIS



SORRISO NUNCA MAIS
Ysolda Cabral



O sorriso não sorrir mais.
Entristeceu, desapareceu
Num céu de estrelas sem brilho,
Pra chorar lágrimas sentidas,
Pelo beijo que nunca deu.

O sorriso, sem motivo pra sorrir,
Se juntou ao nunca mais.
Se sorrirá outra vez?
Não. Nunca! Jamais.

                            O amor lhe enganou, lhe fez sofrer.                                
Levou-lhe os sonhos mais bonitos,
Deixou-lhe versos lindos, mas doridos
Pela dúvida quanto à sua inspiração...

Ah, sorriso que vem do coração!
És tão franco e tão tolo!
Quem mandou sorrires pra versos
Lindos, perfeitos, de português erudito,
Se eles não nasceram teus?

Recife-PE
10.04.2013
Apenas Poesia
  
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  Recanto das Letras
Em 12/04/2013
Código do texto: T4236613


quinta-feira, 11 de abril de 2013

PASSEIO AO ENTARDECER


PASSEIO AO ENTARDECER
Ysolda Cabral


                                     
A gente está tão acostumado a se locomover de carro pra lá e pra cá que esquece o quanto é bom andar a pé pelas ruas da cidade sem pressa, num final de uma tarde qualquer.

Andar com pés de passeio, vestidos de sapatos confortáveis e mãos livres de bolsas e pacotes. Cabelos soltos ao vento... Pulmões fortes, limpos e em pleno funcionamento a filtrar os diversificados aromas, ocasião em que, nosso cérebro, capta aqueles que mais apreciamos e nos remete, através do olfato, cheiros que nos levam a doces e belas lembranças.

O perfume de um roseiral completo... O perfume do primeiro namorado, por exemplo.

Ah, os perfumes! Gosto de senti-los, de identificá-los...

Se observarmos bem, há na brisa, a qual antecede o vento do entardecer, um frescor repleto de cheiro bom. Entretanto, é preciso senti-lo antes que o vento chegue assanhando os seus cabelos, ansioso para lhe contar os segredos dos lugares por onde passou. 

Agradecendo seus carinhos, lhe digo pra não perder tempo comigo, pois não consigo lhe entender e nem interpretar. Neste momento sorrio ao lembrar do poeta, o qual escuta a voz do vento e versa lindos versos de amor. Então, sigo em frente escutando o vento, naquilo que penso ser reclamação. Todavia, adorando o seu carinho nos meus cabelos.

Pois é! Tenho tido essa oportunidade de andar pelas ruas da cidade no final da tarde ao sair do trabalho, no momento em que vou ao encontro de minha filha, para juntas, irmos pra casa. É que estou impossibilitada de dirigir, por aproximadamente trinta dias, em função de ter sido submetida a uma cirurgia no último dia 18. 

Estou adorando ter uma linda motorista e a pequena caminhada ao entardecer de cada dia de trabalho.

Pena que o percurso seja tão pequeno e a motorista seja tão apressada, aliás, apressada como todos os que passam por mim.



Recanto das Letras  em 11/04/2013
Código do texto: T4235541
Classificação de conteúdo: seguro

quarta-feira, 10 de abril de 2013

AMOR DE AURA CLARA



AMOR DE AURA CLARA
Ysolda Cabral



Meu amor é puro, é sincero
Não tem nada de errado, nem de feio
Muito menos de adultério
                  
Meu amor é essência de aura clara,
Plácida, límpida e muito honesta
Fecundada nos teus  versos

Meu amor é tudo que tenho
É amor no Mundo da Poesia
Nele tudo é possível, é certo 
Se há mentira ela não é minha

A gente compõe amor sobre rimas
Rimas que nada têm de cama, de sexo
Coisa sem nexo? Não desconverso!
Talvez tenha um pouco... Somos normais
Apenas desencontrados no mundo de nós dois

Mas o que importa é a pureza do sentimento
E ele é tão grande que chega a ser palpável
Quando através do tato,  sinto minhas lágrimas
Molharem o meu teclado quando leem teus sonetos
Tão belos e tão ausentes de mim.

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Recanto das Letras em 10/04/2013
Código do texto: T4234551
Classificação de conteúdo: seguro

AMOR NO RELICÁRIO





AMOR NO RELICÁRIO
Ysolda Cabral



Na dor da nossa separação
Componho minha emoção
Interagindo com versos teus
Versos que sei ainda meus

Na dor da nossa separação
Caminho contra o Vento
Em nalgum lugar me sento
Pra acalmar a agonia,a perturbação

Na dor da nossa separação
A tarde cai indiferente
É a vida que passa silente
Comigo em clara comunhão

Na dor de nossa separação
Não quero mais saber de aniversário
Vou  guardar no meu lindo relicário
O teu retrato, meu amor, minha ilusão.


Recife-PE
10.04.2013
Apenas Saudade

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Recanto das Letras em 10/04/2013
Código do texto: T4234376
Classificação de conteúdo: seguro

CORAÇÃO PONTO COM...BATE


 

 CORAÇÃO PONTO COM... BATE
Ysolda Cabral
                                                                                            
 
É tarde...  O sono me abate.
O coração ponto com.... Bate.
Sem br não tem quem me ache.

Cadê a BR de número resgate?
Dá-se início o embate.
Não haverá empate.

Ela quer ganhar por nocaute?!
- Ah, Tristeza! Me aguarde!

Já nem sinto sono.
Estou desperta! Estou alerta!
Ou estou pesadelo num pântano?

Ajeito-me e me distraio...
Levo um direto no peito.

Caio e caio feio, muito feio...
Que vexame! Que atropelo!
Verdadeiro desastre...
Não! Isso é falta de sorte.

Num segundo me ergo com jeito,
E lhe acerto bem no meio do queixo.
Ela cai, mas levanta e sai correndo.

- Ah, covarde!

Desta feita sorrio vitoriosa,
Sei que no ringue da vida
O combate não finda.

Não importa! Mesmo tonta,
Capenga, manca, sempre estarei pronta
Para enfrentar qualquer tristeza.
E ganhar dela é verdadeira beleza!

Recife-PE
10.04.2013
No Ringue da Vida


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Recanto das Letras
Em 10/04/2013
Código do texto: T4233750
Classificação de conteúdo: seguro