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terça-feira, 31 de julho de 2012

RUSGA ENTRE O CÉU E O MAR


RUSGA ENTRE O CÉU E O  MAR
De: Ysolda Cabral



Hoje o Céu e o Mar estavam com cara de poucos amigos,
Notadamente enfezados um com o outro.
Fiquei a pensar comigo:
O que teria de tão sério acontecido?
Estaria a Lua envolvida de alguma maneira nisso?
Ou o Sol foi o motivo da discórdia tão notória?

- Ah, mas não é possível que até esses amigos briguem!

De qualquer maneira creio que o Céu levou a melhor,
Uma vez que, seu azul estava lindo e  parecia que sorria.
Enquanto o seu amigo estava entristecido, descolorido,
Transfigurado... Com aparência turva e sombria.

A visão me deixou abalada e tive vontade de tentar apaziguar.
Mediar uma reconciliação, sem nem querer saber o motivo da discórdia.
Entretanto, o Tempo, o qual não sabe ser amigo,  não me deixou ajudar,
Me levou embora sem se preocupar se me fazia chorar.

Ah! O Tempo, esse deus tão voluntarioso e prepotente.
Não compreendeu que, naquele momento eu precisava parar,
Dando-me a oportunidade de aos amigos me achegar,
Para fazê-los entender que todos  brigam, se desentendem,
Mas,  fazer as pazes  é possível até  entre  o Céu e o Mar.

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Publicado no Recanto das Letras  em 31/07/2012
Código do texto: T3805940