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quarta-feira, 27 de março de 2013

NÃO DESISTO ( + 04 POESIAS )



NÃO DESISTO
Ysolda Cabral 



Pisando na areia molhada,
Recolhendo conchas e estrelas do mar
Sem sonho e sem objetivo
Sigo a caminhar

Assim venço toda tristeza
Que a vida faz questão de dar
E sem pensar em nada
Sigo a caminhar

Sentindo o vento no rosto
O sol aquecendo o meu corpo
Que a água, através dos meus pés, tenta esfriar
Sigo a caminhar

O dia iluminado pára
A bela garça por sobre a minha cabeça passa
E escutando as ondas do mar
Sigo a caminhar

De repente fico alerta
Com todos os sentidos aguçados e definidos
Do peito vem a dor e vem o grito
Sem que eu possa impedir ou parar

Mesmo assim... Sigo a caminhar.
  
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A poesia em tela é uma das minhas poesias que mais gosto. Inclusive, Thiago - Tiko, talentoso cantor e compositor pernambucano a musicou e ficou lindíssima. Hoje, ''revirando'' o meu baú, a encontrei. Resolvi trazê-la novamente para cá, a exemplo da publicada ontem, ''AMO VOCÊ.''

Estou naquela fase: SAUDADES DE MIM.  (Risos)



Recanto das Letras  em 27/03/2013
Código do texto: T4209861
Classificação de conteúdo: seguro

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O SEU OLHAR 

 

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Recanto das Letras em 28/03/2013
Código do texto: T4211844
Classificação de conteúdo: seguro



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UMA NOVA CANÇÃO







UMA NOVA CANÇÃO
Ysolda Cabral



Cai o dia sem novidades...
Continuo com minhas verdades.
Ignorando as abordagens
Que, confundem e repartem.

Desisto de entendê-las
E resolvo aceitá-las. 
Isso não me agrada e soa
Como aceitação de louca. 

Não importa!  Ainda posso voar,
Posso sonhar, posso amar,
Posso viver como eu quiser
De camisa de força ... ( Até!)

Compreendendo-me ou não,
Através da camisa equivocada,
Sem o meu violão e desencantada;
Ainda componho uma nova canção.

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Recanto das Letras em 29/03/2013
Código do texto: T4214019
Classificação de conteúdo: seguro

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QUE FAÇO? PARTO



QUE FAÇO? PARTO
Ysolda Cabral 

  
 Fui julgada, condenada e crucificada,
Sem chances de defesa ou de apelação.
Ao contrário Dele, sei que sou culpada,
Mereci a máxima punição.


Digo adeus a este mundo ingrato,
O qual  de mim entendeu tudo errado.
Não perdoou os meus pecados,
Nem de métricas e nem de rimas!
 Eis os fatos...


Contra eles não há argumento.- Que faço?!
Despeço-me com tranqüilidade e  parto
Sem medo, pois nunca tive medo de nada.
(A não ser de lagartixa e de  barata)

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Recanto das Letras  em 29/03/2013
Código do texto: T4214203
Classificação de conteúdo: seguro

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Barco a Vela


VIDA LENGALENGA
Ysolda Cabral



No quadrado falta um lado.
Tudo está modificado, abalado.
Na figura geométrica capenga:
Minha vida lengalenga...

Tento compor um poema...
Não sei rimar equilíbrio! Algema.
Tampouco metrificar o verso.
Como compor um poema, mesmo adverso?

Rogo uma dica ao Vento. Uma apenas!
Faz-se mouco, assobia desafinado. Cena...
Faço que não entendo  e dele me esqueço.
Não consigo!  Amo, o amo demais. Confesso!

Domingo de Páscoa e sem vigilenga...
Rezo pra navegar no meu quadrado capenga.
Contudo,  quebrado, faltando um pedaço...
Simplesmente não posso!  Sou nitrato do fracasso.


Recife/PE
31.03.2013
Domingo de Páscoa

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Recanto das Letras  em 31/03/2013
Código do texto: T4216277
Classificação de conteúdo: seguro