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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

NO MEU MAR


NO MEU MAR
Ysolda Cabral

 
Com tanta clareza,
Não conseguia enxergar...

Como barco a deriva,
Num mar revolto,
Fiquei me deixando levar...

Por vezes sentia salgado o paladar,
Se das ondas, ou se das lágrimas;
Não consigo mais precisar...

 A desorientação era tanta,
Mais tanta, tanta;
Nem vale à pena lembrar...!

Sem vislumbrar horizontes,
E sem perspectivas;
Desisti de sonhar.

E, pelas asas do Destino,
Pela força da Sua Natureza,
Consegui me resgatar.

Não sei se foi num dia de domingo,
Ou numa segunda-feira.
- Aliás, tanto faz!  -
Para quem continua a navegar.

Recife-PE
29/08/2013
Em Reedição Ventania

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Ilustração: Carlos Lócio
Pintor pernambucano e professor de artes plásticas


RL em 29/08/2013

Código do texto: T4458056