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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

NO AZUL DO CÉU




NO AZUL DO CÉU
Ysolda Cabral

  
No azul do Céu hoje eu vi:
A serenidade pretendida,
A luminosidade refletida;
Voltei a ser menina.

No azul do Céu hoje eu vi:
Monstro verdade e mentira,
Sendo vencido pelo Vento;
Senti-me segura e tranqüila.

No azul do Céu hoje eu vi:
Um especial e perfeito dia.
Seu sorriso sorrindo comigo,
Compondo poesia.

No azul do Céu hoje eu vi:
Um encontro acontecendo,
A luz de puro sentimento.
Aquele que sonhei. Eu vi!

Mas, você não está aqui...
O azul escureceu,
O dia anoiteceu, me entristeceu,
O Céu sem termo a ermo ficou.
O mundo em mim desabou.



Recife-PE
26.02.2013
Apenas Ysolda
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Recanto das Letras
Em 26/02/2013
Código do texto: T4160774

domingo, 24 de fevereiro de 2013

DOCE REALIDADE




DOCE REALIDADE
Ysolda Cabral

A música é linda...
Estranhas, estranhos;
Somos... Estamos...

O silêncio é preenchido
E o vazio do nada toma forma,
Toma cores, toma brilho.
Linhas tortuosas e difíceis, eu trilho.

Que ninguém venha comigo!
Essa trilha é minha.
E nela sigo até quando for preciso!
E quando tiver que parar,
Descansarei nalgum lugar...

Onde tenha apenas flores de verdade,
Perfumadas e eternas em suavidade,
Para que através delas, só delas,
Eu possa encontrar a PAZ procurada,
Esquecendo o sonho, a poesia...
E, finalmente, viver doce realidade.

Recife/PE -24.02.2013
Apenas Ysolda 

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

PLACAS DE SONHO



















PLACAS DE SONHO
Ysolda Cabral


Vê! Preste atenção!
Não se deixe levar pela emoção,
Impressão, opinião, sugestão...

Não crie expectativas;
Se deixe leve e leve a vida,
Com suavidade e sensatez.
Tudo há de ficar bem...
Outra vez!

Não ligue pro acaso, ocaso.
Vazio é nada!
Destino, se ecoa no vácuo,
Ninguém faz caso.
O problema é apenas teu!
Mas, nem tudo é exato.
E o que é que tem?

Sempre foste só, lembras?
A solidão nunca te assustou!
E, para que serve a companhia
De cabeça usada pelo vento,
Sem alma e sem sentimento
Que nada de si tem há dizer?

Deixa estar! Tudo há de mudar.
Criaste um sonho e  te embriagasse.
Não é verdade?                                     

Mas, nada de pânico!
Muda o foco, o rumo...
Pé no pó do caminho!
Contudo, foges das placas
Indicativas de sonho.
                                          
 Recife/PE 
 21.02.2013
Apenas Poesia   

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Recanto das Letras 
Em 21/02/2013
Código do texto: T4151800

SEM PERDÃO



SEM PERDÃO
Ysolda Cabral
                                         

Em eterno conflito com a vida,
Por não aceitar tanto absurdo,
Vou seguindo meu destino e luto,
Pra não a considerar bandida.

Sigo lutando com unhas e dentes.    
E, pra não perder a doçura, nem a fé;
Vou afirmando que não mentes,
Nas juras juradas à mulher. 

Mas, de mãos em prece anoiteces,
Pedindo perdão dos pecados, 
Os quais todos os dias cometes.

Sonhando com o perdão rogado,
Dormes pesadelo sozinho.
E, pecas, mal o dia amanhece.


 Recife-PE
20/02/2013
Apenas Ysolda

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Recanto das Letras
Em 20/02/2013
Código do texto: T4150011

PLUMA AO VENTO



PLUMA AO VENTO
Ysolda Cabral


Esqueci os dissabores,
Estou pluma ao vento,
Sobre belas flores,
Em bailado lento.
Assento... 

Raios de sol,
Eu e minha mente.
Ideias precisas e claras,
O horizonte se alarga,
Na tarde linda e quente.
Estou feliz, estou contente.

Deixo-me embalar, flutuar.
Sem pressa de parar, de chegar.
Não há lugar que queira ir!
Pensei, pesei, medi, decidi:
Eu só quero estar aqui.

Respirar o perfume das flores,
Colorir-me com suas cores,
Esquecer os vendavais,
Deste e de outros carnavais,
Sem mais ais...

Acreditando no porvir,
Sou breve, sorrio leve,
E deixo a poesia
Tomar conta de mim.
Simples assim.

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Recife-PE
18.02.2013
Apenas Ysolda 

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Recanto das Letras 
Em 19/02/2013
Código do texto: T4148702

sábado, 16 de fevereiro de 2013

LEITO DE ÁGUAS CLARAS




LEITO DE ÁGUAS CLARAS
Ysolda Cabral 


Quando o Sol deitar,
A Lua mais bela que nunca chegará.
Cheia de uma imensa saudade,
Pronta para amar.

O Mar com prazer,
O seu leito doará.
Não há o que temer,
Pode acreditar!

E nas águas quentes se banha,
Preparando-se para a noite de amor.
Sem pressa repõe as energias,
Que a vida lhe tirou.

Então, quando ela chegar,
Estará pronto para sorrir e amar.
Depois dormirão juntos,
E um novo amanhecer ressurgirá.

E é assim,
Do amor entre o Sol e a Lua,
Que a vida se renova,
No leito de águas claras do Mar.


FLOR DA SAUDADE



FLOR DA SAUDADE
Ysolda Cabral 


Transbordando de amor e de paixão
Despi-me de todos os tabus
E sob a luz do luar
Para você me expus.

Vestida de juventude
Pura, verdadeira
E em total liberdade
Roguei-lhe o primeiro beijo...

Você pego de surpresa
Repleto de amor
Paralisado de desejo pensou:
Meu Deus! A garota que amo, endoidou.

Vencendo o perplexo
Firme e carinhosamente me enlaça
Abraça-me forte e me faz sua
Apenas com um beijo a luz da lua.

Beijo intenso e apaixonado
Dado com  alma que nos  marca
E nos liga na separação de nossas vidas
Com a delicadeza de uma flor
A flor de uma imensa saudade.

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Recanto das Letras em 16/02/2013
Código do texto: T4143771
Classificação de conteúdo: seguro


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

SEI QUE SOU



SEI QUE SOU
Ysolda Cabral


Se eu fosse escultora
Não queria trabalhar com argila
Nem com nenhuma matéria prima
Que não fosse colhida
De dentro de minha alma
Quando ela está sentida

Se eu pintasse um quadro
Queria que sua tinta escorresse
Para que os meus melhores sentimentos
Nele não ficasse e assim
Pelo mundo se espalhasse

Se eu fosse um pássaro
Jamais voaria baixo
A não ser quando tivesse fome
Então mergulharia num vôo rasante
Para aplacar, inclusive, minha sede
Que chega a ser dissonante

Ah! Se eu fosse o Sol
Estaria sempre entre o Nascer
E o seu Pôr...
Sem me opor a nenhum estado
Que ele quisesse permanecer.

E se eu fosse a Lua
Ficaria sempre à disposição
Dos poetas e dos enamorados
Para que esses me dedicassem
Sempre lindas homenagens

Mas, como nada disso sou
E nem mesmo sei quem sou
Vou continuar pensando ser
Apenas Ysolda.

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Enviado por Ysolda Cabral em 14/02/2013
Código do texto: T4140570
Classificação de conteúdo: seguro

SOU NORMAL



SOU NORMAL
Ysolda Cabral


Não tem jeito vou morrer boba
Tudo me encanta, sensibiliza
E também revolta
Não paro quieta nesta selva

Procuro coisas belas em tudo que vejo
Do amanhecer ao anoitecer
Muitas encontro
E me fazem arrefecer... Enternecer

O menino no semáforo
Limpa o vidro do carro
Recebe um trocado
E agradece escondido
É tão bonito

Minha hortelã que sobrevive
Mesmo me esquecendo dela
Sou ela

O Mar tão agredido
Sofrendo, suplicando um alívio
E mesmo assim tão lindo

O sorriso de minha filha,
A cada manhã, meigo e belo,
Sou dela

As minhas mãos
Cansadas que não param
E os meus cabelos brancos coloridos
Acho o máximo

A minha cara... O meu sorriso...
Eu gosto, acho sensacional
Por vezes não, isto é natural

Será que sou normal?

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Obs.:  Na foto, com os amigos e colegas de trabalho Tê Lima e Irapuan Cavalcanti, no último dia 08.02.2013 - Bloco do Amocrea. Foi o máximo!

Recanto das Letras em 14/02/2013
Código do texto: T4140129
Classificação de conteúdo: seguro


MEU EPITÁFIO ( OU TESTAMENTO?)




MEU EPITÁFIO  (OU TESTAMENTO?)
Ysolda Cabral

 
Se eu morrer mais tarde ou amanhã
Não quero que ninguém fique triste - Eu vivi!
E, vivi completamente tudo o que quis
De verdade, ou através do sonho
E, assim, fui muitas vezes feliz

Comigo não levarei nada
Entretanto, deixo minha poesia
Espalhada pelos quatro cantos
E, se alguém se dispuser a corrigir sua rima
Não vou me incomodar
Nunca dei importância a isso
Somente para o que estava sentindo

Deixarei o meu perfume
Em cada hortelã graúda
Que você encontrar
E, se, em noite sem aconchego
Tiver um pesadelo
Com vento ou sem vento
Meu perfume lhe acordará

Deixo também o Mar
Que sei, nunca foi meu
Contudo, quando nele mergulhava,
Com certeza ele era meu
Sim... Só meu!

Quanto ao meu violão,
Há muito num canto esquecido,
Faça de conta que é seu
Lustrado e com cordas novas
Quem lembrará que foi meu?

E, assim ele fará companhia
A qualquer apaixonado
Pela música e pela vida
Toda noite e todo dia

Logo, sorria!
 Ele é seu!
Quem diria?!

O meu corpo?
Ao pó voltará independente do lugar
Então tanto faz ficar aqui ou acolá
E ao deixá-lo, esqueça
Não sou eu quem ficou lá

Fiquei em tudo que deixei
E que acabo de contar
Portanto, me aproveite bem
Pois se em vida não o fez
É, enfim, chegada à vez.
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Recanto das Letras em 14/02/2013
Código do texto: T4139771
Classificação de conteúdo: seguro

MÁGICO PÔR DE SOL



MÁGICO PÔR DE SOL
Ysolda  Cabral


O olhar no infinito do nada,
Passa pra gente a inutilidade
Dos enfeites, como um rio sem vida.

Conceito do belo é elo pra enganos,
De sonhos vãos que, na medida do tempo,
Simplesmente destroi quaisquer planos.

Querer mudar  tudo isso é impossível!
E o entardecer da vida se faz presente,
Em cada pedacinho da gente.

O olhar continua lá...
Lindo! Lindo!
Preso ao mágico Por do Sol,
Na espera de uma linda noite calma. 

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Recanto das Letras em 14/02/2013
Código do texto: T4139744
Classificação de conteúdo: seguro

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

NÃO ERRE



NÃO ERRE
Ysolda Cabral 


Num toque leve
Me leve
Não me peça
Me pegue
Não me solte
Me abrace bem forte
Não se inquiete
Não pergunte se quero
Eu quebro
Não se ausente
Se dê de presente
Você quer e sente
Não demore
Não deixe que eu chore
Venha logo
Pelo ar
Pelo mar
Pelo solo de um violão
Ou numa linda canção
E me acorde
Não tenha medo
De acordar um vulcão
Seja breve
Contudo não erre
Não me esnobe
Seja nobre
E admita:
O amor dita
E sempre tem razão.

SE EU FOSSE FLOR



SE EU FOSSE FLOR
Ysolda Cabral 


Se eu fosse flor
Para não sentir tristeza e dor
Margarida eu não seria
E se fosse me esconderia
Independente de ser par ou ímpar

Nascida em jardim ou sacada
Ou até em beira de estrada
Margarida é sempre  despetalada
Sem dó ou consideração

Seu perfume não encanta
Sua beleza  é  morte certa
Independente da sorte
Satisfatória ou não

Pra que ser Margarida
Flor bonita e nascida
Só para ser destruída
Sem nenhuma explicação?

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Recanto das Letras em 13/02/2013
Código do texto: T4138572
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QUARTA-FEIRA DE CINZAS





QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Ysolda Cabral


Quarta-feira de cinzas...
Sem fantasia, sem tela e sem tintas
Para colorir o preto e branco da vida
Hoje despida das mentiras, das  liras...

Quarta-feira de cinzas...
Sem sonhos, sem objetivos
Estou  aberração mal feita
Sorriso de careta me espreita
Coisas da Natureza...

Quarta-feira de cinzas...
De um carnaval que passou,
Vestido de beleza e poesia,
E, novamente,não me levou!

Outros carnavais virão
E mesmo que, de novo, não me leve
Ficarei bem,posto que, se a vida é breve,
Minha vontade não é não.

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Recanto das Letras  em 13/02/2013
Código do texto: T4137789
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