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sexta-feira, 31 de maio de 2013

NOSSO TRAÇO


NOSSO TRAÇO
Ysolda Cabral


Nossas poesias,
Nosso traço.
Vazio no espaço...

Me abraço,
Lhe abraço...
Minha alma é aconchego,
Zelo presente do passado...

Suavemente,
Escuto uma canção...
De ninar.

O acorde,
Na madrugada,
Silenciosa e fria,
Ecoa saudade...

Recife-PE
01.06.2013
Madrugada em Reedição
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Recanto das Letras  em 01/06/2013
Código do texto: T4319526 


DESERTO DA DOR


DESERTO DA DOR

Ysolda Cabral
 

O empenho do jardineiro
Não é mais regar o jardim
Para que ele floresça
É para que seu amor
Pelas plantas desapareça

Obstinadamente vai em frente
Cada dia regando menos
Perseguindo o seu objetivo
Com determinação solene

O foco de sua meta ninguém lhe tira
Pode até sofrer danadamente
Mas nega com indiferença e se isenta

E nessa isenção segue
Sem se preocupar
Que o amor que tenta matar
Poderá se revoltar

Fazendo de sua vida
Um jardim sem flor
Sem perfume e sem poesia
Um verdadeiro deserto
De arrependimento e dor...

Recife-PE
31.05.213
Em Reedição

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Recanto das Letras l em 31/05/2013
Código do texto: T4319396 

HORA DE ACORDAR


HORA DE ACORDAR
Yosolda Cabral


Cansada de fazer as mesmas tarefas, cansada de escutar as mesmas músicas, as mesmas falas. Cansada de pensar as mesmas coisas e da mesma forma. Cansada de ser do jeito que sou. Cansada de mim, extremamente cansada de mim... Resolvi radicalizar:

A partir de hoje serei diferente! Totalmente diferente. Pra começar vou mudar o meu gosto musical; a minha maneira de vestir; de me portar e de me importar com todo mundo que não está nem aí pra mim. Vou ser totalmente irresponsável, folgada, espaçosa, igual aquela uma lá que eu critico por puro despeito.

Não vou mais esperar aquela carta que tanto quis receber pelos Correios e Telégrafos e nem vou mais esperar resposta das que enviei. Agora só vou me ligar nos meus e-mails...

Não quero mais saber de controlar a alimentação; as horas de sono e nem vou mais me prender a certas convenções idiotas. Pra mim chega!

- CHEGA! CHEGA! CHEGA! ESTOU LIVRE! SOU LIVRE! SEREI APENAS EU!

Agora sim! Tudo caminha para o devido lugar.  Serei mal educada, rebelde sem causa, deixarei tudo fora do lugar e sairei pela vida afora, ou ficarei parada feito poste, em algum lugar, se eu quiser. Ninguém manda em mim!  Não falo, não corro, não sofro e no lugar do choro vou sorrir escancarado, mesmo que você ache uma besteira. Só escreverei asneiras para o meu bel prazer, a exemplo deste texto e estarei quite com meu limitado intelecto.

Ah, a vida a partir daqui será diferente! Só vida boa! Boa de verdade! Sem mais nada esperar. Eu faço acontecer. Eu sou o acontecimento. Viva a vida nova e viva eu, essa aqui que tenho a honra de lhe apresentar.

Poesia, alegria, sonho e muita fantasia farão parte da minha nova e impecável vida, onde tudo é palpável, tudo é possível e tudo é improvável.

Improvável?!  Improvável?! IMPROVÁVEL?!     

Ysolda, hora de levantar! Já pro banho!

O tempo urge, ruge, lute!... Cadê a roupa, os sapatos... Cadê o blush?

- Lembras que trabalhas?

Ai, ai, ai!  Eu estava sonho..

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Foto



Recanto das Letras  em 29/05/2013
Código do texto: T4314874


CARGA EXPLOSIVA


CARGA EXPLOSIVA
Ysolda Cabral
  

Sempre gostei de dirigir e nunca esquentei no trânsito por mais que ele estivesse lento e complicado. No entanto, ultimamente, não estou tendo paciência de fazer um percurso de, no máximo vinte minutos, em quase duas horas. Para minimizar a questão, sempre que é possível,  pego carona com minha filha no trajeto, casa x trabalho, e, para a volta, uso o transporte público, mais especificamente o metrô e em trinta minutos estou em casa.

O inconveniente é que o transporte público no Recife deixa muito a desejar. Sem falar que a quantidade de ônibus e trens é insuficiente para atender a demanda e as condições de manutenção desses transportes,  nos fazem relutantes e temerosos em usá-los.

Mas, enfim... Ontem, chovia, quando, por volta das 17h. peguei um ônibus para fazer o percurso Agamenon Magalhães x Estação do Metrô Joana Bezerra. Dentro do ônibus, (sem ar-condicionado) janelas fechadas, em função da chuva, pessoas de todas as idades e condição social, transpiravam horrores, sem muita resignação. Pairava no ar um clima de indignação, exasperação, impaciência, cansaço... Fiquei atenta para não entrar no clima. Em dez minutos chegamos ao destino e pra nossa sorte o metrô já estava na estação. Entretanto, com um número significativo de passageiros já embarcados.

Pra variar, a central de ar-condicionado estava com defeito. Fazer o quê a essas alturas?  Empurra dali, empurra de cá, ajeita aqui e ajeita acolá, coubemos todos, bem unidinhos, e,  o trem parte com sua ‘’carga explosiva. ’’

De repente, na primeira curva, uma moça, a qual se encontrava a minha direita e atrás de uma garota enorme, que parecia um paredão, a qual tinha a sua frente um rapaz, quase encostado numa das portas de saída;  grita alto e em bom som:

 - SEGURA ELE, LILI!!!!!  Lili (o paredão) do canto não se mexeu. O rapaz sorriu amarelo, se segurou do jeito que pode. Seguimos viagem. O clima estava tenso, pesado... O bicho ia pegar... Senti de cara. Precisava fazer alguma coisa...

Logo a seguir, outra curva...

- SEGURARAAA ELEEEEE, LILIIIIIII!!!!

Perdi a paciência e olhando para o alto do paredão me ouvi falar e todo mundo ouviu:

- Ô Lili, segura ele e acaba com essa aflição, menina!

- Que coisa!  O que é que custa?

Aí escutei o coro, o qual me pareceu uma benção: SEGURA LILI, SEGURA LILI, SEGURA!!!

Tinha chegado minha estação. Desembarquei ao som da risada agradecida de todos que ali seguiram viagem.

Que coisa danada de boa, quando a gente consegue provocar um sorriso nas pessoas!

Eu fico muito feliz!

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Recanto das Letras  em 28/05/2013
Código do texto: T4313590


PAIXÃO À PRIMEIRA VISTA



PAIXÃO À PRIMEIRA VISTA
Ysolda Cabral
  

Paixão à primeira vista é coisa  séria. Não há quem consiga evitá-la. Pois muito bem: estava eu navegando pelo mar das novidades robóticas na Internet, em sites aleatórios, quando dei de cara com o netbook dos meus sonhos. Pronto, deu-se a desgraça! Impossível evitar a paixão instantânea. Lindo, leve, da cor da paz, mas,  Andróide... Que será isso? Ah, sei lá!  Comprei  no ato.  Minha primeira compra virtual, fora passagens aéreas!  Me achei.

Saí pulando pela casa contente da vida e fui parar no quarto de minha filha que dormia sem hora pra acordar, e, que, ao abrir os olhos com preguiça paciente, falou: ô mamãe, você já não tem um not? - Não gosto dele!  É pequeno demais. Confundo comandos e teclas...  Então ela considerou: mas  o net é ainda  menor! E Andróide?! - Você sabe o que é isso? Sei não, mas não deve ser coisa lá muito boa e voltou a dormir,  me deixando sozinha com  minha alegria.

Poucos dias depois o meu ‘’objeto de desejo’’ chegou. Como ele era lindo, meu Deus! Abri, tentei fazê-lo funcionar e nada. Li o manual e quanto mais eu lia, menos entendia. Odeio manuais! Apelei novamente para minha filha que conseguiu fazê-lo entrar na Internet e depois de alguns instantes ele literalmente morreu. Apagou-se. Escafedeu-se. Coloquei-o de volta na caixa, como quem coloca um defunto querido no caixão, mas resignada e terminei por me esquecer dele, isso há exatos 10 meses.

Semana passada ao ver meu amigo e colega de trabalho, Thiaguinho, (Thiago Medeiros, garoto sabe tudo nesta vida) manusear seu celular Andróide, me lembrei do meu ‘’objeto de desejo’’ e lhe contei a minha triste e decepcionante história. Ele, sem acreditar no que acabara de ouvir, me perguntou se podia examinar o ‘’defunto’’,  o dito cujo.

Conclusão; depois de examinado, eis o diagnóstico: estava travado. Thiaguinho destravou, instalou alguns programas compatíveis com seu sistema Andróide, mais um editor de texto maneiro, pois se eu quiser digitar, digito. Caso contrário, é só falar  que ele digita sozinho.

- É brincadeira?

Agora estamos aqui eu e ele. Ele olha pra mim eu olho pra ele e vou digitando no meu velho computador, mas  em silêncio absoluto! Vai que eu fale e ele escreva tudo e ainda publique  no Recanto das Letras?!

Eu, hein!  Tô fora! 


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Obs.: A cara-ilustração não é minha. É do Dr. Google. :)


Recanto das Letras  em 26/05/2013

Código do texto: T4309874 

CHUVA QUE REGA A VIDA


CHUVA QUE REGA A VIDA
Ysolda Cabral

  
Eita, que o dia promete muita coisa boa de verdade!  Chove uma chuva boa, refrescante, cativante, convidativa à comidinha quente e gostosa em boa companhia. Tudo está verde, limpo, com cheiro de terra molhada e eu aqui curtindo tudo isso, lembrando que ainda ontem, dedilhei no violão, uma canção que mamãe cantava quando queria que a chuva viesse, para regar a vida, que dizia assim: chove chuva / pra crescer capim/ para o boi comer/ e o sabiá cantar...

E sempre chovia! Chovia chuva boa como essa que chove agora sobre a capital pernambucana. Chuva vida, chuva que não mata, não destrói. Chuva bem-vinda, esperada, comemorada.

Sinto-me leve e feliz de verdade! Com o coração transbordando amor, é assim que o meu dia começa. 

Sexta-feira! Adoro a sexta-feira!  Mesmo que nada tenha programado para o final de semana. Alias, nunca gostei de programar nada. Nunca nada que programei deu certo! Tudo de melhor que aconteceu na minha vida, até a data de hoje, foi na base do improviso, do repente, da alegria de viver cada segundo de vida com toda a intensidade, espontaneidade e consciência do presente que Ela significa.

As raivas, as decepções, até as perseguições sofridas extermino num piscar de olhos e comemoro. Por vezes elas me levam à lona em um só nocaute, mas me levanto mais forte e mais disposta a continuar chorando e sorrindo de alegria, tristeza ou saudade, sem nenhum pudor, e, amando, amando muito mais que ontem e muito menos ainda do que vou amar amanhã.

Esta sou eu sem tirar nem por!

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Recanto das Letras  em 24/05/2013

Código do texto: T4306445 

DE BEM COM A VIDA



DE BEM COM A VIDA
Ysolda Cabral

 
Hoje acordei com saudades das letras, minhas companheiras ajudantes em por as idéias em ordem pra viver o dia-a-dia mais facilmente.  Comecei a lembrar de quando aprendi o alfabeto, com minha primeira professora Ilka, a qual se atrapalhou um pouco para explicar, a uma garota de quatro anos, a razão da existência do ípsilon - vigésima letra grega -   em nosso alfabeto, bem como, a sua localização no contexto da formação do nosso ''abc''.

Terminei por desistir de entender e achei melhor não insistir naquilo, considerando sua existência para ser a primeira em meu nome. A partir de então me dei por satisfeita e a Profª Ilka ficou livre da pressão.   

É interessante como as lembranças surgem em nossa mente, assim do nada, e, você, de certa forma, vive tudo novamente. Sem querer filosofar, apenas matar a saudade de estar com minhas letrinhas a vagar no interior de mim, fico aqui toda contente de poder estar com elas, mais uma vez, arrumando minhas idéias, sentindo o gosto de estar em minha casa.

Gosto de minha casa e Deus quando me colocou dentro dela sabia exatamente o que estava fazendo. Casa que não é demais e nem é de menos. É exatamente do tamanho que caibo nela. Sem espaço pra mágoa, raiva, inveja ou qualquer outro sentimento menor.

Minha casa quer apenas estar de bem com a vida.

E sempre está!


Recanto das Letras  em 23/05/2013

Código do texto: T4304809 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

MEU AMOR É ASSIM



MEU AMOR É ASSIM                               
Ysolda Cabral

 
Meu amor é como o Tempo,
Como o Vento cantando sonetos,
Aos teus ouvidos atentos...                      

Meu amor é contraponto,
Na canção que componho,
De letra inocente, mas reticente,
De cousas em tom maior...
Escuta! Sentes!

Meu amor é teu... Ele é só teu!
Quando na noite escura sou tua lua, tua luz...
E, que, em dias de chuva, te abriga no peito,
Sorrindo sorriso de covinhas aconchego.

Meu amor é todo  teu... Só teu!
Mesmo quando compões em metáforas,
Por culpa do Vento, teu cruel ditador,
Versos que não compreendo.

Meu amor é teu... Ah, como ele é teu!
É teu desde o começo e para sempre.
Por vezes tristonho e reflexivo,
Porém, somente quando brigas comigo.

Agora, quando me falas de amor...
Sinto-me amada, bonita, me entrego inteira,
Esquecendo tudo que nos causa dor.

Meu amor é assim...
Ele sou eu e vem de dentro de mim
Pra ser Vida, com tudo o que nela implica,
Até o fim de nossas Vidas.                      


Recife-PE
20.05.2013
Apenas Poesia
                                

domingo, 19 de maio de 2013

SE O AMOR ME ENCONTRAR




SE O AMOR ME ENCONTRAR
Ysolda Cabral


O dia amanheceu como eu...
Sem cor, sem brilho, sem luz.
É que o Sol se escondeu!
Estávamos expostos e nus...
Em mim, alguma coisa morreu.

Pesadas nuvens guardam o Céu.
Em volta de mim, um elo, um anel,
Forte e indestrutível que me isola
De toda a felicidade que exista...

Rezo, oro, converso com Deus;
Nunca obtive resposta, acho eu!
A não ser pelo dom que Ele me deu.
E, eis me aqui, mesmo descomposta.

Triste, surpresa, meio zonzeira...
Preciso me recompor, me por inteira
Para que o amor, caso realmente exista, 
Se me encontrar... 
-Ah, se o amor me encontrar! -
Que ele de mim não desista.

Recife-PE
19.05.2013
Num dia de Domingo

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Recanto das Letras em 19/05/2013
Código do texto: T4297935

sábado, 18 de maio de 2013

ORAÇÃO DO ENTARDECER - REEDIÇÃO



ORAÇÃO DO ENTARDECER
 Ysolda Cabral



 No entardecer de mim...
Que eu não perca a sensibilidade,
Que eu não perca a alegria e nem o bom humor,
Que a esperança sempre acalente meu coração,
Que os sonhos sejam sempre suaves e lindos,
Que os pesadelos sejam totalmente banidos.

No entardecer de mim...
Que eu não tema o que virá,
Que os Raios de Sol sejam sentidos,
 Tanto quando os Raios do Luar,
Se não puderem ser vistos.

No entardecer de mim...
Que a música esteja na minha alma,
 Se não for mais ouvida;
Que o perfume das flores seja percebido,
 Se perder também o olfato;
Que a suavidade da rosa seja sentida;
 Mesmo que eu perca o tato.

No entardecer de mim...
Que eu não perca a sanidade,
E caso assim aconteça;
Que o amor de Deus 
E a fé que sempre tive Nele;
Me sustente até o fim.


Recife-PE
18.05.2013
Reedição 

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Recanto das Letrasl em 18/05/2013
Código do texto: T4297537 

SORRISO VERDE LIMÃO



SORRISO VERDE LIMÃO
Ysolda Cabral


A passagem do tempo vai deixando suas marcas cada vez mais definidas, algumas parecendo hieróglifos que desafiam o nosso entendimento, inclusive, de como foram parar ali de maneira definitiva, sua evolução e multiplicação. Considerando o entendimento que temos da ordem natural da vida, esses ''hieróglifos'' dizem mais da gente do que a gente possa dizer deles. De repente estão lá, bem na nossa cara. Lê-los? Eis a questão. Exterminá-los? Impossível na minha concepção. Alguns tentam e até conseguem um bom resultado, mas por pouco tempo, aí repetem à tentativa e ficam irreconhecíveis. Pelo sim pelo não, prefiro ficar com os meus e acompanhar a sua evolução, com um sorriso verde limão, mas sem medo, mesmo não gostando muito daquilo que vejo.

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Foto tirada por Yauanna no Dia das Mães (12.05.2013)

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Recanto das Letras em 18/05/2013
Código do texto: T4296562




sexta-feira, 17 de maio de 2013

TRANSPORTE POESIA



TRANSPORTE POESIA
Ysolda Cabral


Viajo no Transporte Poesia
Todo santo dia
Viagens curtas, longas, alegres, tristes
Ruins, boas e até mesmo enfadonhas...

Em dia de sol
Em dia de chuva
Em dia cheio ou vazio
Sempre nele estou
Confesso até que em demasia...

No Transporte Poesia
Não há poltrona
Bilhete reservado
Destino determinado
Parada regulamentada
Não tem hora para sair
Muito menos pra voltar...

Sua velocidade é controlada
Pelo amor daqueles que amam viajar
Num transporte diferente
Imprevisível e irregular...

O condutor tem que ser habilitado
Para o transporte conduzir
Não precisa muita maestria
Basta não ter lógica e nem razão
A habilidade fica restrita
As coisas do coração...

E o passageiro precisa ser
Consciente do risco que vai correr
Quando um transporte desses escolher
Posto que, como todo transporte
Muito risco pode haver
O menor de todos eles:

É sua parada perder.

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Recife-PE
(Sob Dilúvio)
17.05.2013


É com imensa alegria que recebo a belíssima interação da  talentosa poetisa, Angélica Gouvea, pela qual sensibilizada agradeço de todo o meu coração.


07/05/13 08:44 - ANGELICA GOUVEA


Y et (ainda) que tenha perigo
S ei que vou estar contigo e
O nde estiver a poesia
L evando a todos a alegria
D e versos que transmitem magia
A vida conduzida em harmonia

C ada curva irregular
A umenta a vontade de
B uscar nesta aventura
R egistro desta bela corrida
A ssim eu sei minha querida
L ogo este Transporte Poesia não
   pode parar.

Angélica Gouvea

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Para ler a poetisa Angélica é só clicar o link abaixo:


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Recanto das Letras em 17/05/2013
Código do texto: T4294773 


quinta-feira, 16 de maio de 2013

TOC... ISOLE A SORTE



TOC... ISOLE A SORTE
Ysolda Cabral

  
Indolência
 Nenhuma eloquência mais
 Inconsequência em todos os canais
 Sequência de inconveniências
 Muitos ais!
 
Saudade trôpega, bêbeda
 Estupenda asneira
 Cadê a merenda?
 Calor infernal
 
Sorvete à mesa... Plural
 Não há mesa, nem cadeira
 Nem rede pra balançar
 Nem espreguiçadeira há!
 
Sem eira e nem beira
 Brama o Mar na areia
 Conchas e pedras
 Brancas e negras...
 
Estrelas  carentes, cadentes
 Sem brilho, sem cor, sem luz
 Só  canseira!

 Vislumbro  Sereias...
 Feias,  mal feitas
 Desafinadas, descamadas, tristes
 Pérolas desbotadas
 Pendem de colos decaídos
 Tristes Mitos...
  
O barco é de madeira
 Aproveita!  Toc, toc, toc
 Isola a sorte, a morte...

 Penso em você
 Perco o norte.

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Recanto das Letras  em 16/05/2013
Código do texto: T4294138 

PENSAR EM VOCÊ... NÃO MAIS!



PENSAR EM VOCÊ... NÃO MAIS!
Ysolda Cabral


                                                                      
Até na minha leitura você interfere?
Essa agora também é demais!
Isso além de me indignar, me fere,
Chega até a me agredir! Aliás...

Querer subestimar a minha inteligência,
Fazer com que eu leia e não entenda!
É o cúmulo do absurdo! É uma indecência!
Isso realmente não se faz.
Pense numa incongruência!

Tudo bem que você me queira,
Tudo bem que eu te queira também.
Mas, já sabemos que nada nos convém,
Muito menos NÓS...
Nós somos desencontro, briga e canseira!
Ah, somos tão iguais!

Então, saia já do meu pensamento!
Não estou com paciência neste momento.
Desapareça e me deixa ler em paz!
O livro é de primeira:* Orgulho e Preconceito,
É ele que me dá prazer, me deleita...
Pensar em você... Não mais!

Recife-PE
16/05/2013
Apenas brincadeira


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* Orgulho e Preconceito de Jane Austen – Eu recomendo.

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Recanto das Letras  em 16/05/2013
Código do texto: T4293379