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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

TUA CARA




TUA CARA
Ysolda Cabral


Quando dei de cara com a tua cara,

Regozijei!
A cara que era tua, mais parecia ser a minha!
Me encantei...
Cara sem máscara que pensava
enganar a tristeza que sentia...
Chorei...

Quando dei de cara com a tua cara,
meu coração perscrutando
perguntou:
Essa é a cara que sonhavas, que querias?
Sem titubear, sem vacilar,
Respondi:
Ela não é a metade da minha?

Quando dei de cara com a tua cara,

o mundo para mim sorriu,
coloriu-se de mais cor e muito mais amor!
O Vento, incorrigível palpiteiro, me soprou:
Demorou, mas ele chegou!
Sorriu, assanhou os meus cabelos,
e correu pra te contar os meus segredos.

Quando a tua cara deu de cara com a minha,

toda sorrisos de covinhas, alegre e muito contente,
foi um grande acontecimento!
O Mundo parou! O Mar, em ondas, sorriu!
Aquela pequena flor desabrochou...
O amor nos fez apenas um
E o mais lindo verso ele cantou.

Recife-PE

31.10.2013
ysolda

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

VERSOS DE AMOR



VERSOS DE AMOR
Ysolda Cabral


Você é mistério,
Vestido de tentação e charme,
Sensualidade e poesia,
Você é um mundo de beleza e magia.

Você é Sol em dias frios,
Que aquece o corpo, a alma,
Faz a vida ficar calma,
E tudo vibrar de alegria.

Você é o sonho mais desejado,
E o mais terrível pesadelo,
Quando se ausenta de mim.

Você é o meu amor mais bonito,
Que me faz compor versos tristes
Quando não está aqui..

Recife-PE
28.10.2013


sábado, 26 de outubro de 2013

BEIJO AO SOL DO MEIO DIA




BEIJO AO SOL DO MEIO DIA
Ysolda Cabral


E novamente  aqui estou  na minha infinita solidão pensando em você, só porque hoje é sábado.  Sábado à noite sempre fico saudosa de você, meu amor primeiro. Do nosso primeiro beijo, ao Sol do meio-dia.

Não lembro que dia era, mas guardei a data no meu coração. Ela me serve de senha para abrir as portas da minha memória, lembrando de cada gesto seu, de cada palavra... Chego a sentir o seu olhar a me acariciar e toda a emoção, independente de minha vontade, vem à tona com a força do amor que jamais morrerá.

Quando com essa senha eu abro a porta da minha memória,  sinto você aqui, bem junto a mim e novamente vivo o dia mais bonito de toda a minha vida.

E, por que hoje é sábado, sábado a noite,  eu sonho um dia outra vez lhe encontrar.

Recife-PE
26.10.2013

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Recanto das Letras  em 26/10/2013
Código do texto: T4543527 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SOB O ARCO-ÍRIS



 

SOB O ARCO-ÍRIS

Ysolda Cabral


Para iluminar e colorir o dia,
o Arco-íris hoje apareceu.
Que coisa mais bonita!

Pensei em você... Sorri.
Respirei fundo e para o Mar corri.
Não acredito que coisa melhor exista.

Ele estava limpo, perfumado, quentinho.
Suas ondas tranquilas bailavam
ao som de um Vento carinho...

Feliz, tal qual uma menina, mergulhei.
E sem receio algum nadei, nadei e nadei.
Mas logo o Sol avisou a hora de ir...

De pele molhada, dourada, bonita;
alegre que nem passarinho, parti.
Pensei em você... Sorri.

Recife-PE
24.10.2013
ysolda





PELE DE PAPEL


PELE DE PAPEL
Ysolda Cabral 


Não sorria...
Não sorria porque dormia

Não falava...
Não falava porque sonhava

Não sabia onde estava
E nem em qual era tudo acontecia

Você não dormia
Não dormia porque meu sono velava

E me olhava...
Me olhava porque me queria

Queria porque me amava
Eu sabia, eu sentia...

Sentia que você da minha alma
Um soneto comporia

E na minha pele adormecida
Exposta a luz de uma lua prateada 
Você escreveu a sua mais bela poesia.

Recife-PE
23.10.2013



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

DEIXA COMIGO!!!




DEIXA COMIGO!!!
Ysolda Cabral 


Sabe quando a tristeza e a alegria se encontram, se encaram, se medem e se perdem uma na outra para guerrearem dentro da gente, deixando-nos fora do controle da situação? Esquisito isso, não é? Mas foi exatamente isso que me aconteceu na última sexta-feira. Por um lado, eu estava terrivelmente triste e, por outro, excepcionalmente alegre.

"Como isso era possível?" - Conjecturava eu sobre este fenômeno, enquanto tomava um lanche num Shopping próximo à minha residência, quando uma garotinha se aproximou e puxou conversa tirando-me da reflexão filosófica, psicológica, ou sei lá qual!...

Começamos a conversar com a maior facilidade, como se a gente  se conhecesse há longo tempo. Ela, linda, muito vivaz e risonha, conquistou-me de imediato. Logo se juntou a nós seu irmão (uns seis anos, aproximadamente), fazendo tudo para chamar minha atenção. Fiz de conta que não estava percebendo, atenta, porém, à sua reação. Infelizmente, alguém chamou a mãe deles e lá se foram todos para não sei onde. A princípio fiquei desapontada com o Tempo - que não me deixou dar atenção ao garotinho, do meu jeito e à minha maneira, levando-o embora com a pior das impressões a meu respeito.

Eu apenas queria ter tido a oportunidade de brincar com eles e esquecer o embate intimo que vivenciava naquele momento; mas o Tempo, esse cruel, reticente e incompreensível deus, não havia me dado a menor chance.

Retornei às minhas reflexões sobre a batalha que acontecia dentro de mim, quando percebi que haviam voltado. Com o intuito de me redimir, mais que depressa o chamei. Desapontada, percebi que ele já não me dava a menor atenção. A mãe deles, percebendo o meu desgosto, aproximou-se e disse que seu filho havia lhe perguntado se eu era a ''presidentA” Dilma!!!

Parei e a fitei, perplexa , indignada com a resposta que ela certamente lhe dera e pela sua insensatez! Juro que eu não me importaria de ser Dilma ou o dinossauro mais horrendo da pré-história, ou a deslumbrada dondoca da Fátima Bernardes! Naquele momento, se essa fosse a maneira de ter novamente a atenção do menino, tudo estaria dentro dos conformes.

Quase sem voz e empertigada, tal qual um general mais ou menos reformado, fui até ele e lhe perguntei se  seria capaz de guardar um segredo. Respondeu que sim. Então eu lhe disse, cochichando ao seu ouvido, que era a ''presidentA'' Dilma, de fato!  E disse ainda para me chamar de Ysolda, para ninguém desconfiar. Caso contrário eu não poderia brincar de "faz de conta", brinquedo que eu adorava por criança ainda ser.  Só que ninguém sabia e nem deveria saber quem verdadeiramente eu era. Ele sorriu para mim e, feliz da vida, falou:

- DEIXA COMIGO!!!

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Recanto das Letras em 22/10/2013
Código do texto: T4537634


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

BARCO NO BICO DA GARÇA


BARCO NO BICO DA GARÇA
Ysolda Cabral



O que faço com uma folha de papel e uma caneta na mão, quando minha intenção é não escrever mais nada?

Jogo a caneta pra lá e do papel faço um barco que pretendo por pra navegar assim  que chegar à beira-mar. Quem sabe as ondas não o levem pra longe do longe perto que sonhei de alguns sonhos?!

Sei que poderá se despedaçar antes mesmo da partida. A maré está irrequieta, incompreensível e em nada confiável... Todavia, o papel me parece de boa qualidade e muito resistente. Se chegar aos arrecifes me darei por satisfeita. Ali sempre há uma garça pronta pra voar a qualquer momento e meu barco poderá ser transportado sem maiores problemas até o destino pretendido.

Farei da garça meu pombo-correio posto que, o pombo está desacreditado e em vias de ser liquidado em fogo nada brando.

Também, querem que ele transporte celulares pros presídios!

Que maldade!


Recife-PE
Em 16.10.2013
Em maré de estupefação

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Não sou poetisa e nem escritora.
Sou apenas uma palhaça que,
mesmo sem querer, 
diverte as pessoas.  Não é legal?
Uns me amam. Outros me odeiam.
 Fazer o quê se sou assim?



E lá vou eu... 




Recanto das Letras
Em 16/10/2013
Código do texto: T4527661
Classificação de conteúdo: seguro

domingo, 13 de outubro de 2013

BOLA DE GUDE E PIÃO


BOLA DE GUDE E PIÃO
Ysolda Cabral
 

Não vejo a beleza da rosa...
- Onde está a rosa?
Será que só nas festas e nos velórios?
- Sabe aquela que você me deu?
Pois é! Ainda tenho guardada dentro do “Sidarta”.

A chuva está silenciosa
E o cheiro de terra molhada,
Que tanto me fascina, não sinto.

- Onde está a terra menino?!
Aquela que brincavas de bola de gude,
Enquanto teu pião rodava, feito louco,
Ao contrário do vento e desafiando o tempo...

- Que pena!!
Está encurralada por baixo do asfalto,
Esquecida e não usada...
- Que lastima!

Mas, apesar de ser domingo
E de você não estar comigo,
Não chove e o dia está lindo!

Minha alma está calma...
- Que calma?!


ASSIM...ASSIM


ASSIM... ASSIM
Ysolda Cabral


Hoje estou meio  assim... Assim.
Não sei qual a razão e olho para dentro de mim,
penso no que ficou lá atrás e no que está diante de mim,
daquilo que veio depois...
Sei que por dentro, pouco ou quase nada mudou.
Nem minha concentração diminuiu ou aumentou.

Meu imaginário, um dia espatifado,
Aprimorou-se, sem remendos!
E por ter-se espalhado em pedaços coloridos, desiguais
e  imperfeitos, fez do meu medo seu mais forte aliado.

Não se aquietaram ainda os sentidos.
Muito pelo contrário! Ampliaram-se.
Coisas sofridas foram perdidas, banidas,
para não serem mais sentidas...
Às vezes até são lembradas,
porém não mais doloridas.

As coisas boas?
Ah! Essas ficaram, vingaram.
E as coisas faltadas,
que serão contadas, quando chegadas,
serão acrescidas e ficarão bem guardadas.

Seja em verso ou não,
seja num simples toque de mão,
ou num olhar afoito, de pés firmes no chão
serão percebidas  se forem só paixão.

É que sou assim mesmo,
não quero mudar mais não.
Preciso me preparar para as calmarias,
pois nas tempestades  sou mesmo craque.

Não sei esperar!
A paciência foge de mim feito louca,
Zombando , tripudiando,
Se arrebentando de tanto rir.

Mesmo forte e aguentando  sempre o tranco,
Inteira ainda estou...
Pura, casta e solta a caminhar no meu todo,
para nunca mais me sentir
Assim... Assim...

Recife-PE
Em 09.10.2013

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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O QUE FAREI AMANHÃ?


O QUE FAREI AMANHÃ?
Ysolda Cabral
  

Da minha sala de trabalho, no segundo pavimento, escutei um colega garotão, da sua sala no primeiro pavimento, falar: ‘’na sexta-feira a gente vem trabalhar tão contente e se estressar por conta de estacionamento é de amargar!’’ Na realidade ele não falou exatamente a palavra ‘’amargar’’, ela ficou por minha conta, uma vez que, ao escutá-lo, me senti incomodada. Não suporto quem fala alto demais e ter que escutá-lo o dia inteiro falando bobagem é mesmo de amargar. Alias, não gosto de sons altos. Incomodam, atrapalham o pensamento e fico reticente com quem se diz contente apenas na sexta-feira por ser o último dia de trabalho da semana.

Eu é que estava contente por hoje ser véspera do dia das crianças e com este episódio, cai na real e me vi bem longe da infância, implicando com uma tolice dessas. Mas, pensando bem, foi bom!

Preciso aprender a ser gente grande e esquecer a criança alegre que insiste em viver dentro de mim. Entretanto, agora não! Vou deixá-la aqui mais um pouquinho e amanhã vou curtir o dia com tudo que tenho direito.

Vou ao Zoo dar pipoca aos macacos e minha filha, que é gente grande, vai ficar em casa no Whatsapp, cansando os dedinhos.   Ah, eu vou comer algodão doce, andar no pedalinho, bem junto dos patos, dos cisnes e dos gansos! Vou escutar o canto dos pássaros, a conversa dos papagaios, me deslumbrar com as araras e pavões e respirar ar puro. Vou fotografar leões e tigres e todos os animais que quiserem ser fotografados. É que, também, não gosto de sair fotografando quem não quer ser fotografado. Mas, pensando bem, o que não gosto mesmo, de verdade, é vê-los todos presos ali. Acho muito triste.

Melhor não ir ao Zoológico...
                                                   
Ai, minha Nossa Senhora Aparecida! O que farei amanhã ?  

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Recanto das Letras
Em 11/10/2013

Código do texto: T4520493 

DIA LAMBE-LAMBE


DIA LAMBE-LAMBE
Ysolda Cabral 
  

Mais amantes e cúmplices que antes,
a Terra e o Mar, levados  pelo Vento,
giram juntos fazendo pouco do Tempo.

Não! Nenhuma metáfora há neste poema.
Nenhuma colocação, associação,
recado direcionado ou torpedo!
Nem reza! Não há medo...

O que nele existe é a tentativa
de colocar em versos livres, soltos,
 ou palavras jogadas pro alto, ou na sopa
a imagem de um pensamento.

Terra e Mar, sob um Céu azul...
Sem carneirinhos no pasto?!
O Espaço é vasto!

Eu te acho.Tu me achas.
Nos achamos e damos Graças

O dia hoje é linda  paisagem,
de um cartão postal celestial
pra  lentes coração fotografarem
em  Lambe-lambe e  pedestal.

Recife (Azul) -PE
10.10.2013
Ysolda
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Recanto das Letras
Em 10/10/2013

Código do texto: T4519114 

ANTES QUE O DIA ACABE


ANTES QUE O DIA ACABE
Ysolda Cabral


No caminhar da ilusão,
eu sigo em sintonia
com o meu coração.

Você vai comigo!
Feliz sorrio  
e lhe dou a minha mão.

Juntos estrada afora,
horizonte de amor à  frente,
somos tudo nessa hora.    

O amanhã?!
O que é que tem?

O que importa o adeus final
aos dias seus e meus?
Somos tão felizes no agora!

Considerando que entre o lá e o cá
poderemos entrar e sair a qualquer hora,
por que nos preocupar com o que há lá fora?

Para que pensar, relutar,
filosofar sobre aquilo que virá,
pausando num Tempo que não para?

Ah, meu companheiro de viagem!
Desfrutemos da paisagem
aspirando o perfume das rosas,
elas são todas nossas
antes que o dia acabe!...


Recife-PE
08.10.2013

Recanto das Letras
Em 08/10/2013

Código do texto: T4516240 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM


DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM!
Ysolda Cabral
 


O dia amanheceu choroso, preguiçoso e eu a "todo vapor.’’ Alguém não me acordou como de costume. Acordei com o despertador. E aí a coisa já começou meio enrolada. Corri pro banho. A resistência do chuveiro queimou e o meu banho foi gelado. Doeu até os ossos!  Fiz um desjejum rápido. Vesti algo simples e elegante, porém bastante confortável e calcei um sapato novo que venho ‘’amaciando’’ há dias! Pense num sapato pra maltratar os pés! E olhe que é daquela linha cara que não vou dizer o nome, pois não merece divulgação. No rosto, apenas o protetor solar e um pouco de brilho nos lábios. Escovei rapidamente os meus, agora, curtos cabelos – estou me achando - pequei a bolsa e saí correndo pra parada de ônibus. - Deixar o carro em casa tem sido ótima opção, pelo menos pra mim.

No primeiro ônibus que entrei, meu cartão não passou na catraca. Está com rachadura. Procurei dinheiro na bolsa; não havia. Os bancos continuam em greve e eu não quis passar o meu final de semana em filas de caixas eletrônicos, ou de Loterias. Algumas moedas me salvaram do vexame. Desci em Boa Viagem e peguei outro coletivo – pra chegar ao meu trabalho tenho que pegar dois ou três, depende da sorte. Só que, hoje, a coisa estava medonha.

O segundo ônibus; peguei da linha errada. Quando notei, desci e tive que andar, que nem má notícia, até chegar à próxima parada. Bom pros sapatos que comiam um pouco mais do couro dos meus lindos pezinhos. E haja band-aid!  Já ando com uma caixa na bolsa! Juro que os amacio. Não uso outro par, enquanto não ganhar essa peleja.

Enfim, cheguei no trabalho. Cansada, esbaforida e com vontade de chorar. Descansei um pouco colocando os pés no chão e liguei o computador. O bicho não funcionou. O meu celular chamou. Atendi e logo fui contando, quase chorando, o que acabara de passar. Ao terminar o relato/desabafo, o meu interlocutor falou: “você não pode mais é andar sozinha.”

- É mole?        

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Crônica dedicada...

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Recanto das Letras em 07/10/2013
Código do texto: T4515008 

domingo, 6 de outubro de 2013

AMOR E POESIA


AMOR E POESIA
Ysolda Cabral


Gozando do casal perfeito,
Solidão e Silêncio,
eis que começa o meu Domingo.
O dia está tão lindo que me faz abrir portas e janelas
para que os Raios de Sol saibam que são bem-vindos.

Os pássaros cantam alegremente,
em seu coral matinal.
Mais uma razão que me leva a agradecer
ao Silêncio pela acústica, regência perfeita e pela direção...

A Solidão vibra, comemora e orgulhosa
do trabalho do companheiro se sente plena,
 absoluta, feliz vivendo a própria ideia
e tudo se torna amor e poesia.

Penso em você, sinto saudades.
Saudade boa, calma, feliz...
Você está em mim!

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Praia de Candeias-PE
de Mar Plácido
Em 06.10.2013


Ysolda Cabral
Enviado por Ysolda Cabral em 06/10/2013
Código do texto: T4513345

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