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terça-feira, 19 de maio de 2015

CORAÇÃO EM NOVA VERSÃO




CORAÇÃO EM NOVA VERSÃO
Ysolda Cabral



Há algo errado em meu coração!
Ou seria apenas tola impressão?
De repente, o ''Tambor do Encantado''
bate tão descompassado!...

Retumbando intensa emoção,
sinto rachaduras na composição.
O peito parece desconjuntado!
Sei o quão urge ser consertado.

Há algo errado em meu coração!
Ou seria somente especulação?
Como um coração tão apaixonado,
puro e inocente, pode estar estragado?

Ecoando um num sei quê, de não sei não,
afinal quem entende as coisas do coração?
Começo a lhe sentir até conformado,
para ser em mim, uma nova versão!


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Praia de Candeias-PE
Com Tum Tum Tum atrapalhado
Em 18.05.2015




sábado, 16 de maio de 2015

AUSÊNCIA E PROCURA



AUSÊNCIA E PROCURA
Odir Milanez



Procuro, à minha volta, a volta tua.
O temor de perder-te me domina.
Rodeio e rondo a rua, a cada esquina,
esquinas que refaço em cada rua.

Procuro-te, e a procura continua,
rua após rua, em rota repentina,
como fosses na noite uma menina
em meio aos vãos da vida nua e crua!

Procuro o teu sorriso. Em teu retrato
sorris o mesmo riso... Mesmo assim,
é sorriso sem ser. Não é de fato.

Dos passos de procura chego ao fim.
Intento te esquecer. O intento acato,
mas te vejo a sorrir dentro de mim!


JPessoa/PB
16.05.2015
oklima

Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...



Para ouvir a música, acesse:

VAMOS BRINCAR


VAMOS BRINCAR?
Odir Milanez



Podemos brincar de amor, 
musa-sorriso? Responde! 
Brincarmos de esconde-esconde, 
de sonhos, seja onde for! 
Vamos brincar de Balança, 
bola de gude, pião, 
o teu e o meu coração 
cheirando cheiro criança! 

Briquemos de pula-pula, 
de pula-cordas, depois! 
Vamos matar de nós dois 
de gargalhadas a gula! 
Representemos, sem pejos, 
o doutor e a paciente, 
mas de modo diferente: 
as auscultas sendo beijos! 

Podemos brincar de amor, 
musa-sorriso? Responde! 
Vamos começar por onde? 
Diz-me, musa, por favor!

JPessoa/PB
08.05.2015
oklima 

Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...


Para ouvir a música, acesse:

sábado, 2 de maio de 2015

DIFERENÇA ENTRE MIM E ''CAROLINA''




DIFERENÇA ENTRE MIM E ''CAROLINA'' 
Ysolda Cabral



A diferença que há entre mim e ''Carolina'', é que eu vejo o Tempo passar além da janela. Certa ocasião, pensei fechá-la e o fiz: fechei-a! O calor foi medonho, e a falta de sentir a brisa do Mar, levou-me, novamente, a abri-la.

Disse, então, ao Tempo para passar devagarzinho, e lhe questionei a razão de tanta pressa. Ele, andando indiferença, fazendo ouvidos moucos e passeando pressas, se foi sem responder. 

- Que falta de educação! Ou seria de consideração?...

Senhor absoluto da Vida, ele não para nem por decreto, sequer por pretendente preguiça! 

- Ah, Tempo que não me dá tempo para nada!

Enfastiada com seus enfados, resolvi me rebelar e recolhi o relógio aos guardados de uma gaveta. Mas, como o seu tique-taque teimava comigo estar a todo instante, resgatei-o e, astutamente, pilhei-lhe as pilhas! Pensando na cara de decepção do Tempo, contando instantes sem poder contá-los para mim, sorri satisfeita, sentindo-me livre do seu andar insistente e ininterrupto!

Adormeci felicidades! Quando acordei, o Sol, sorrindo raios de luz, para mim se pôs a perguntar: ''Vás perder, com tua besteira, mais um dia?'' Mais que depressa me enchi de vida e ajustei os meus passos aos passos passantes além da janela.

- Uma rosa nasceu! Ah, que lindo!!!

Carolina que guarde a dor de todo esse mundo...


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Praia de Candeias-PE
Vendo o Tempo Passar da Janela
02.05.2015

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Para escutar a música, acesse:



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sexta-feira, 1 de maio de 2015

QUE AMIGO! ...




QUE AMIGO!...
Ysolda Cabral



Ele ligou cedinho e falou: ''Está doendo muito o meu globo ocular.'' Fiquei preocupada, aflita mesmo. Disse estar no oftalmologista. Tranquilizei-me. Coincidentemente, eu estava, também, na sala de espera do médico que, na próxima semana, fará em mim um cateterismo para saber o que há de errado com o meu '' Tum, tum, tum do Encantado'', quando algo me chamou a atenção, animando-me: uma moça, também à espera da consulta, lia um livro; outra, uma revista, enquanto apenas uma estava ao celular!(Foto acima, tirada por mim, para provar o que digo. Evidentemente com as respectivas autorizações.) "Nem tudo está perdido!" - pensei satisfeita. A ''droga do século'' ainda não atingiu a todos! 

- ''Está doendo muito!". Outra vez aquela voz na minha cabeça…

Algum tempo depois, já em casa, ele me liga para dizer que havia se consultado. Estava com uma inflamação, mas já medicado, se sentia melhor. O médico, porém, o proibira assistir TV, ler e acessar o computador nos próximos dois dias, estimativa para o tratamento que acabara de iniciar. "E nem pelo celular!" - segredou-me triste e compungido.Consolei-o como pude, recomendando-lhe paciência e o máximo de cautela.

Por volta das 22 horas, finalmente desocupada das minhas tarefas domésticas diárias, resolvi entrar na Internet para responder algumas mensagens mais urgentes, deparando-me, de pronto, com o inimaginável, o impossível de acontecer: lá estava o meu amigo ''Está doendo muito'', todo serelepe, navegando pelas esquinas virtuais, rindo de tudo e por nada - e de mim, com certeza!

— Que dependente de uma figa!...

Agora me responda, dona Ysolda: com um amigo desses, tem coração que aguente?

— Que coisa! 

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Praia de Candeias-PE
Em véspera de feriado
29.04.2015

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01/05/2015 09:40 - oklima
Que bom, ser assunto de uma crônica da minha musa-sorriso, Ysolda Cabral! Beijando-lhe abraços agradecidos e lhe abraçando beijos amorosos, deixo-lhe essa trova, como prova de carinho:

Para quem da dor se esquece,
a pimenta é mui gentil!
No olho alheio, parece
Colírio Moura Brasil!!

Seu poeta de sempre, Odir.

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Eu posso com um improviso desses? Risos

Ah, Odir Milanez!...

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