RUSGA ENTRE O CÉU E O
MAR
De: Ysolda Cabral
Hoje o Céu e o Mar estavam com cara de poucos amigos,
Notadamente enfezados um com o outro.
Fiquei a pensar comigo:
O que teria de tão sério acontecido?
Estaria a Lua envolvida de alguma maneira nisso?
Ou o Sol foi o motivo da discórdia tão notória?
- Ah, mas não é possível que até esses amigos briguem!
De qualquer maneira creio que o Céu levou a melhor,
Uma vez que, seu azul estava lindo e parecia que sorria.
Enquanto o seu amigo estava entristecido, descolorido,
Transfigurado... Com aparência turva e sombria.
A visão me deixou abalada e tive vontade de tentar
apaziguar.
Mediar uma reconciliação, sem nem querer saber o motivo da
discórdia.
Entretanto, o Tempo, o qual não sabe ser amigo, não me deixou ajudar,
Me levou embora sem se preocupar se me fazia chorar.
Ah! O Tempo, esse deus tão voluntarioso e prepotente.
Não compreendeu que, naquele momento eu precisava parar,
Dando-me a oportunidade de aos amigos me achegar,
Para fazê-los entender que todos brigam, se desentendem,
Mas, fazer as
pazes é possível até entre
o Céu e o Mar.
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Publicado no Recanto das Letras em 31/07/2012
Código do texto: T3805940