Translate

sábado, 27 de outubro de 2012

DEIXAR DE SER O NADA



DEIXAR DE SER O NADA
Ysolda Cabral

 
Hoje estou fardo de mim.
Um fardo tão pesado
Que me sinto assim:
Capenga e mal acabada,
Com vontade de sumir.

Que vida mais sem graça!
O desencontro sempre me acha!
Vale a pena viver assim?

Vou embora e vou agora.
Para onde eu não sei.
Ah, saudade senhora,
Em ti não reparei!

Que vida desgraçada!
Uma hora é alegria,
Outra é tristeza que mata!

De desgraça já chega!
Já basta!

Vou embora de você,
Que nunca gostou de mim,
E nunca soube me ter.

Vou me fazer outra vez bonita,
Sorriso escondendo lágrima.
Botar o pé na estrada
E deixar de ser  o nada. 

**********

RL em 27/10/2012
Código do texto: T3954827
Classificação de conteúdo: seguro