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domingo, 13 de outubro de 2013

ASSIM...ASSIM


ASSIM... ASSIM
Ysolda Cabral


Hoje estou meio  assim... Assim.
Não sei qual a razão e olho para dentro de mim,
penso no que ficou lá atrás e no que está diante de mim,
daquilo que veio depois...
Sei que por dentro, pouco ou quase nada mudou.
Nem minha concentração diminuiu ou aumentou.

Meu imaginário, um dia espatifado,
Aprimorou-se, sem remendos!
E por ter-se espalhado em pedaços coloridos, desiguais
e  imperfeitos, fez do meu medo seu mais forte aliado.

Não se aquietaram ainda os sentidos.
Muito pelo contrário! Ampliaram-se.
Coisas sofridas foram perdidas, banidas,
para não serem mais sentidas...
Às vezes até são lembradas,
porém não mais doloridas.

As coisas boas?
Ah! Essas ficaram, vingaram.
E as coisas faltadas,
que serão contadas, quando chegadas,
serão acrescidas e ficarão bem guardadas.

Seja em verso ou não,
seja num simples toque de mão,
ou num olhar afoito, de pés firmes no chão
serão percebidas  se forem só paixão.

É que sou assim mesmo,
não quero mudar mais não.
Preciso me preparar para as calmarias,
pois nas tempestades  sou mesmo craque.

Não sei esperar!
A paciência foge de mim feito louca,
Zombando , tripudiando,
Se arrebentando de tanto rir.

Mesmo forte e aguentando  sempre o tranco,
Inteira ainda estou...
Pura, casta e solta a caminhar no meu todo,
para nunca mais me sentir
Assim... Assim...

Recife-PE
Em 09.10.2013

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