Translate

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

VENTO MATREIRO




VENTO MATREIRO
Ysolda Cabral
  

O vento assanha meus cabelos,
Fazendo carinho e me sonda.
Bobo! Não tenho segredos!
Mas ele continua a ronda.

Ronda que nem redemoinho,
Fazendo birra e denguinho.
Às vezes fica muito zangado,
Por não dá certo o agrado.

Sei o que ele quer saber!
Quer saber o quanto amo você.
Acho graça, viro o pescoço,
Torço a cara... Ele fica louco!

Finalmente se aquieta e se acalma,
Vai assanhar a palmeira,
Ela balança satisfeita, toda faceira,
E, todos os segredo lhe conta.