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domingo, 1 de setembro de 2013

UM POUCO DE MIM


UM POUCO DE MIM
Ysolda Cabral
  

Nada fácil me atrai. Se tudo fica difícil, complicado, sem sair do lugar; está exatamente do jeitinho que  gosto. A vida sem desafios não vale a pena. A cada obstáculo vencido, superado, me sinto mais forte.  Se alguma vez fiquei com a cara de desânimo, de cansaço, ou de burra... Eu estava, apenas, dando um tempo para continuar a minha luta. Tempo para reabastecer as baterias.  Um tempo não determinado por mim. Talvez pelas minhas condições físicas, mentais, emocionais e uma ou outra coisinha  mais. Se tenho fé? Se tenho pensamento positivo? Um objetivo determinado? Claro que tenho! O de ser feliz de qualquer maneira e em qualquer situação, bem como fazer feliz as pessoas que amo. Por vezes duvido que consiga e me deprimo e me entristeço...

Tenho crises existências, como todo mundo tem. Nessas ocasiões o pensamento negativo predomina e faz um estrago danado. Até que crio coragem redobrada, me levanto e começo tudo novamente.  Acho que isso faz parte de uma estratégia bem arquitetada para o meu crescimento pessoal e, quando a gente acha que tudo acabou tudo começa, ou recomeça, independente de nossa vontade. Então qual será o meu mérito? Reconhecer tudo isso? Sei não...

E quanto ao destino? Acho que temos desde o momento da concepção. Ali já fica tudo traçado, determinado para sermos guerreiros valentes, ou não. E, por falar em guerreiro... O que tem um covarde, o qual parte pra luta morto de medo, guarnecido de armas usadas por outrem, sujas, nojentas e sempre se escondendo por trás de algum escudo?  Jesus deve ter um bom propósito para tais criaturas existirem.

Ah, como estou filosófica! Não.  Estou feliz, amando e sendo muito amada.

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Recanto das Letras  em 01/09/2013

Código do texto: T4462345 

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01/09/2013 22:03 - oklima
Essa é , em auto-retrato relevante, a poeta Ysolda Cabral, a musa-sorriso que desde há muito decanto em verso e prosa. Ei-la, completa e consciente em seu desnudamento interior, formatada na forma e de fato. Um tanto tigresa, um tantão passarinho, uma quantia indeterminada de simpleza, de simpatia, de sonhos, e uma sucessão de sentimentos santificantes das expressões do belo - quando amanha amores catando letras e plumando palavras volvidas ao vento para que após lhe pouse poesia, plasmando-a em seu peito. Essa é, tal qual o pôster a que me apego quando sonho um soneto , a poeta Ysolda Cabral!