PAIXÃO – CLARIDADE QUE OFUSCA
Ysolda Cabral
A claridade excessiva ofusca, confunde e facilmente você se
equivoca, pois cega... Entretanto, a partir do momento em que você se acostuma
a ela, você consegue abrir os olhos e enxergar até de onde ela provém. Se de
fonte própria, natural, ou, se, de fonte totalmente artificial, fabricada...
Com qual finalidade, ou, o motivo, a razão; quem vai saber? Normalmente a claridade excessiva acontece
quando a gente se apaixona. Quando conseguimos, finalmente abrir os olhos - por
vontade própria ou por sermos levados a isso - nos deparamos com a mais sublime
felicidade, ou, com a mais cruel desilusão. E como dói! Paralisamos, e, como se
levássemos um choque, estremecemos e caímos em queda livre do céu pro chão, em
questão de segundos. Muitos ficam ali, indiferentes ao que lhes possa
acontecer. Outros permanecem caídos, achando que estão sonhando e esperam o
momento de acordar. Já outros - não muitos -
conseguem se levantar, sem ajuda, curam suas feridas e nem bem
cicatrizam, já seguem em frente sem olharem pra trás. O interessante é que
durante a ofuscação, vivenciamos fatos que nos alertam para a necessidade de
abrimos os olhos, mas ignoramos. Esses fatos, quando ainda adolescentes,
normalmente advêm de quem nos ama incondicionalmente - amar assim só a mãe da
gente e nem toda. Ou, somos sinalizados por sinais emitidos por energias boas,
se merecermos, considerando a lei do retorno. Contudo, o fato é que,
independente de qualquer coisa, todos nós estamos à mercê da claridade
excessiva da paixão.
Recife-PE
17/04/2013
Apenas Pensamento
Recanto das Letras
Enviado por Ysolda Cabral em 17/04/2013
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